RESUMO: O desaparecimento de pessoas é uma realidade enfrentada por inúmeras famílias, o que gera uma busca contínua pelo fechamento deste processo. O presente trabalho tem como objetivo compreender de que forma se dá a elaboração da perda para os familiares que vivenciam tais
situações. Foi adotado o método da pesquisa qualitativa, a partir de entrevistas semiestruturadas junto a seis pessoas com casos de entes desaparecidos em suas famílias. Utilizou-se a análise de conteúdo para interpretação dos dados coletados, através do viés psicanalítico. Como resultado foi possível elencar três categorias principais que contribuíram
para a conclusão de que as situações vividas por estas pessoas não caracteriza um processo de luto, em função da ausência de um corpo que permita a realização de um rito simbólico.

Orientadora: Sandra C. M. Mosello