RESUMO: O presente artigo apresenta uma reflexão teórico-prática sobre a fotografia autoral no contexto da memória afetiva paterna, partindo do pensamento em torno da ressignificação do luto pós-morte, através de processos artísticos que envolvem objetos relacionados a essa figura familiar. A pesquisa teórica sobre a memória afetiva partirá especialmente da autora Carolina Junqueira dos Santos, numa pesquisa de sua tese de doutorado e a questão da memória fotográfica contará com Georges Didi-
Hubberman, Roland Barthes e Glenda Cuman. Sobre a metodologia de progressos e os procedimentos no fazer artístico, influências como Sandra Rey, Rosana Paulino e Cecília Almeida Salles. O processo de criação do trabalho ocorreu inicialmente através de insights, escritos, desenhos em esboços. Foi realizado no contexto do espaço familiar, com o uso de iluminação natural e posterior manipulação digital para tratamento de cor, recorte e montagem da série em unidade, dípticos, trípticos e quadrípticos. Deste modo, a intenção dessa figuração imagética pretende atentar para
uma relação objeto – corpo – memória e as relações que estas unidades ou conjuntos de fotografias fazem com a ideia de ausência versus sobrevivência dos traços, pauta principal do artigo.
Orientadora: Elisa Kiyoko Gunzi