RESUMO: Entre os anos de 1964 e 1985 o Brasil esteve sob a égide de um regime militar responsável por medidas que feriam os direitos humanos que levou militantes das esquerdas à prisão e à morte por optarem a lutar contra o regime autoritário. Neste sentido, o presente trabalho busca apresentar a reconstrução da trajetória política e biográfica de Iara Iavelberg, visando responder a pergunta: em que medida o documentário “Em busca de Iara” contrapõe-se à versão apresentada pelos militares sobre o suicídio da militante. Discute a crítica narrativa apresentada comparando-o aos dados oficiais divulgados pelo DOI-CODI. E num duplo, indicando a relevância do documentário como fonte historiográfica e como os relatos a produção de uma película deste gênero possibilita discutir a construção da narrativa de suicídio proposta pelos militares por meio dos meios de comunicação e, analisar em que medida o documentário se contrapõe ao discurso oficial em relação à morte da referida militante. Para análise da fonte apresentada no decorrer desse trabalho é utilizado às discussões de Mônica Almeida Kornis sobre a utilização do cinema como fonte de pesquisa historiográfica, concluindo ao fim do trabalho que o documentário ao recontar a história de Iara possibilita a reconstrução de sua memória, revelando parte da história brasileira.
Palavras-chaves: Documentário; Iara Iavelberg; Regime Militar; luta armada; suicídio.
Orientadora: Viviane Zeni