RESUMO: A concepção de um espaço cultural, destinado a formar uma ligação entre a vida humana e a vida aquática, requer considerações que idealizam a valorização de lugares educativos, focados na conservação ambiental, no uso de recursos renováveis e na celebração de uma arquitetura que induz a preservação do ecossistema marinho para as próximas gerações.
Fundamentado nesses valores, nasce o projeto do MAI – Museu e Aquário de Itajaí, com seu formato escultórico, inspirado pelos veleiros presentes na história da cidade, que serviram de inspiração também, na instalação de um dos pavilhões dentro do Rio Itajaí-Açu, favorecendo a sensação de se estar flutuando sobre as águas, como um barco à vela. Além de facilitar o acesso da água para o tratamento de dessalinização feito por osmose reversa, permitindo o reuso de um recurso que está cada vez mais escasso no planeta.
Em relação à concepção interna, a rota de visitação foi ordenada em diferentes níveis de acordo com o porte dos animais, dispostos em ordem crescente, ou seja, os animais maiores situados no andar submerso, permitindo uma diminuição do peso na estrutura e propiciando uma circulação mais dinâmica aos visitantes.
O projeto inclui ainda a produção de energia limpa com a instalação dos 50 painéis fotovoltaicos na cobertura, o uso de uma fachada microclimática composta por treliças metálicas com revestimento de ACM no telhado e uma membrana têxtil perfurada de alto desempenho nas laterais e espaços expositivos que estimulam a educação ambiental. Além disso, serão criados espaços externos que oferecem oportunidades para interação, lazer e contemplação, como fontes interativas, playground, gramado para atividades ao ar livre, espelho d’água, mirantes com vistas panorâmicas do rio Itajaí-Açu e exposições de arte inseridas nas praças abertas ao público geral, com o propósito de promover o acesso generalizado à arte e ao conhecimento para a população.
ORIENTADOR: Leandro Nicoletti Gilioli